segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Guardas e polícias a pedalar

PSP bicicletasAs bicicletas chegaram às forças de segurança para ficar. GNR e PSP fazem patrulhamento a pedal em muitas cidades e zonas do país e salientam as vantagens dessa opção. Baixo custo, mais eficácia e melhor imagem junto da população. No total, são quase 500 as bicicletas ao serviço das duas instituições policiais.
No caso da GNR, o patrulhamento de bicicleta é uma aposta. Atualmente, aquela força militarizada, que tem a seu cargo a segurança nas zonas rurais e nas localidades de menor dimensão, dispõe de 342 máquinas a pedais para os seus efetivos, que no ano passado percorreram de bicicleta o equivalente a quase duas voltas à terra (77.500 km), revelam dados disponibilizados pela força militarizada ao Pedais.pt.
A PSP, que tem a seu cargo os maiores centros urbanos, recolhe menos dados estatísticos, mas calcula que cerca de uma centena de polícias faça patrulhamento de bicicleta nas cidades de Aveiro, Coimbra, Faro, Lisboa, Porto, Setúbal, Beja, Évora, Leiria, e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, indicou o Gabinete de Imprensa da instituição ao Pedais.pt
Um guarda de bicicleta patrulha uma área cinco vezes superior do que se deslocar a pé, o que porporciona uma relação custo/eficácia muito mais favorável do que qualquer outro meio de deslocação à disposição do efetivo, sustentam os dados estísticos da GNR.
A estes factores estão associados “os baixos custos de aquisição e de manutenção e os ganhos em rentabilização do patrulhamento policial”
Acresce que os cicloguardas, como lhes chama a corporação militarizada, “são mais visíveis e transmitem um sentimento de segurança pelo policiamento de proximidade executado, criando um clima de empatia favorável a uma boa imagem” da GNR, sugerindo “modernização e eficácia” no serviço que prestam.
À deslocação mais rápida acrescentam o acesso a locais onde outros veículos não chegam e a possibilidade de circularem fora do trânsito.
No ano passado, quase seis mil elementos da GNR realizaram as 3078 patrulhas de bicicleta contabilizadas pela corporação, ainda de acordo com os registos internos.
As bicicletas da GNR estão nos destacamentos de Bragança, Viana do Castelo, Esposende, Ovar, Águeda, Coimbra, Leiria, Fátima, Santarém, Torres Vedras, Almada, Évora, Vila Nova de Milfontes, Albufeira, Faro, Loulé, Vilamoura e Lagos, mas podem ser deslocadas para outras localidades e zonas onde sejam mais necessárias.
Entre as vantagens apontadas para que os guardas andem a pedal, a corporação invoca ainda o “culto de um aspeto saudável” e apresentarem como “um modelo para os cidadãos”, por “incentivarem a prática de exercício físico” e o uso do capacete de proteção – “principalmente nas crianças”, além de desenvolver a atividade de modo ecológico e sem poluir o ambiente.
Do ponto de vista da eficácia policial, os guardas de bicicleta “passam mais despercebidos (sem ruído), introduzindo-se num qualquer ambiente sem serem notados, vendo primeiro sem serem vistos”.
No caso da PSP, as vantagens encontradas são semelhantes: possibilidade de percorrer maiores extensões de quilómetros em ruas, praças e espaços públicos durante um turno de serviço, maior empatia entre os cidadãos e a presença policial, manutenção física assegurada aos polícias que utilizam este meio de transporte para o exercício da função e acesso a ruas e vielas que estão vedadas ao acesso automóvel e/ou motorizado;
A Polícia aponta também algumas desvantagens do recurso à bicicleta para patrulhamento, nomedamente o facto de nem todo o efetivo ter preparação física para o realizar, o que implica “um criterioso processo de escolha que identifique através de testes específicos, os polícias que possuem condições físicas para assegurar esta utilização”.

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