segunda-feira, 20 de maio de 2019

4 procedimentos de manutenção de bicicleta que todo ciclista deveria saber
Por mais que você se esforce em manter sua amada bicicleta cintilando, o desgaste não respeita nada nem ninguém, e ele virá no seu tempo.

Peças não são de graça, assim como a instalação delas por parte de um profissional, o que pode gerar umas boas despesas. Muitas dessas tarefas podem ser feitas em casa, usando as ferramentas certas, cortando algumas despesas e dando ao ciclista a chance de entender melhor sua bicicleta.
Nós alistamos algumas coisas que todo ciclista deveria saber fazer na bicicleta. Trocar pneu já é obrigatório, e por isso não está na lista.

Substituir um raio quebrado

Um dos piores cenários de uma pedalada é um raio quebrado – que geralmente acontece no nipple da roda traseira, do lado do câmbio.
Nesse bendito caso, você vai precisar de uma ferramenta para remover o cassete, uma chave inglesa e uma chave de raio. Parece complicado, mas com as ferramentas certas é relativamente fácil. Se for na roda dianteira é bem mais fácil. Mas, na roda traseira:
Remova o cassete e o raio quebrado primeiro (parte de baixo), e então remova o pneu para poder remover o raio. Então remova a fita de aro e o nipple (pecinha que segura o raio no aro) do raio quebrado, tomando muito cuidado para não deixar o nipple cair dentro do aro, ou você pode ter uma baita dor de cabeça para tirá-lo de lá.
Antes de colocar o novo raio preste atenção ao padrão de colocação dos outros raios e siga esse padrão, colocando ele na base do cubo, passando ele pelos outros raios e então prendendo-o com o nipple – mais uma vez tomando cuidado para não deixar ele cair dentro do aro.
Uma chave de fenda pode ser usada para apertar o nipple, embora a maioria prefere usar uma chave de raio – ainda mais se você tiver mais de um raio para trocar.
Aperte o raio –teoricamente na mesma tensão do que quebrou – e verifique se a roda está reta ao rodá-la (coloque ela no eixo da bike para ficar mais fácil girá-la) e então, se você estiver satisfeito, coloque a fita de aro, pneu e – se era a roda traseira – o cassete.

Inspecionar uma corrente

No centro do coração mecânico da bicicleta, a corrente se encarrega de aguentar o maior desgaste e stress dentre outros componentes. Sendo assim tão necessária, é preciso inspecionar, limpar e – se necessário – trocar sua corrente.
Então, o que exatamente você procura ao inspecionar sua corrente, e como você deve fazê-lo? O método mais preciso é com uma ferramenta própria para isso, disponível em diversas marcas, formas e materiais, mas você também pode salvar uma graninha por checar no método caseiro. Um método é levantar a corrente na parte da frente da coroa (veja a foto). Levante em um intervalo entre os pinos e veja quantos dentes são revelados. Se aparecerem 3 ou 4 sua corrente pode estar desgastada. Uma alternativa é remover a corrente da bicicleta e coloca-la no chão, na mesma posição que ela estaria na bicicleta. Então estique-a, pegue as duas pontas e torça a corrente, como se fosse juntar as duas pontas. Quanto mais perto você chegar de fazer um círculo completo, mais gasta está sua corrente. Correntes novas são mais difíceis de torcer.
Cada marca de corrente pode ter seu próprio esquema de remoção ou instalação. Na maioria dos casos, correntes são intercambiáveis entre marcas, mas nunca entre velocidades – uma corrente de 10v só pode ser substituída por uma 10v.
Mesmo com os métodos manuais, um medidor de corrente custa pouco e recomendamos que você consiga um.
Trocar a corrente exige uma ferramenta e uma boa dose de paciência. É relativamente fácil e não se faz com frequência. Consiste basicamente em usar um extrator para remover um pino, que abrirá a corrente, colocar uma corrente nova, colocar o pino e introduzi-lo entre os elos da corrente. Muitos modelos de corrente possuem um pino próprio para isso.

Substituir pastilhas de um freio

A natureza das pastilhas de freio afirma que elas vão se gastar com o tempo. Costumam ser peças não muito sofisticadas – no caso dos V-Brakes, são blocos de borracha.
No caso dos V-Brakes eles são fáceis de trocar e devem ser conferidos regularmente. Com a roda removida para facilitar as coisas (dá para trocar com a roda montada também) desparafuse o parafuso que prende a pastilha, e tome cuidado com as porcas e arruelas para recoloca-las na mesma sequência. Porém, se a pastilha nova vier com porcas e arruelas novas, use-as. Remover a pastilha costuma ser fácil, mas se precisar de um reforço faça isso gentilmente para não arranhar ou amassar o aro.
Preste atenção na orientação – as pastilhas vêm marcadas com L e R (L= esquerdo e R= direito) quanto ao lado que devem ser instaladas. Recoloque-as com as arruelas e prenda com o parafuso do freio.
A probabilidade é que você terá que reduzir a tensão do cabo – girando o afinador do manete de freio no sentido horário – mas de outra forma, após uma verificação de alinhamento e do funcionamento, ele estará pronto para rodar.
O ajuste da tensão dos braços do freio se dá por parafusos que ficam nas laterais dos braços do freio. Ao apertar o parafuso, aumenta a tensão. O objetivo é regular ambas para que ao apertar o freio, ambos os braços se movam igualmente, para que as pastilhas atinjam o aro na mesma hora.
É importante lembrar que algumas marcas e modelos de aros requerem pastilhas específicas.
Já no caso dos freios a disco o procedimento depende muito da marca e modelo. Mas basicamente, depois de tirar a roda, basta remover a haste que segura as pastilhas na pinça. Ela pode ser um parafuso ou um arame duplo com uma ponta entortada. Basta desentortar a ponta e puxá-lo para fora. Trocar a pastilha observando a posição em que ela estava, usar ums chave de fenda com cuidado para encaixa-la nas laterais e então recolocar o arame ou parafuso. Cuidado para não apertar a alavanca de freio durante esse processo ou os pistões podem se deslocar.

Trocar um cabo de freio (ou de câmbio)

Prevenir é o melhor remédio – ainda mais se tratando de um cabo de freio, tão essencial. Cabos enferrujados podem romper-se com a força aplicada em uma frenagem.
Cabos de boa qualidade fazem uma grande diferença na maneira que o freio se comporta e como o ciclista o sente.
Remover é uma tarefa fácil. Assim que o desconectar do freio ou câmbio por afrouxar o parafuso, puxe ele para fora do conduíte, seguindo em sequência, desde o ponto onde você o desengatou, puxando ele para fora até a alavanca de freio ou câmbio. Na maioria dos casos ele fica preso por uma bolinha ou cilindro. Basta puxar por essa bolinha, e em alguns casos, basta desencaixá-la.
Antes de colocar o novo cabo, coloque graxa nele para que ele trabalhe melhor e evite ferrugem e outros problemas. O ideal é limpar ou trocar o conduíte. Comece colocando ele pela alavanca de freio ou trocador de marcha, prendendo aquela bolinha ou cilindro no lugar correto. Puxe ele para se assegurar de que a bolinha encaixou e está segurando o cabo. Passe-o pelo conduíte – ou pelos conduítes. Se for trocar um conduíte interno, use o antigo de base junto com o cabo de aço para não ter dificuldades em chegar a saída.
Antes de apertar o novo cabo, puxe ele bem a partir do ponto final (freio ou cambio) para se assegurar de que não fique nenhuma folga. Verifique os encaixes dos conduítes. Assim que tiver certeza, prenda o cabo.

domingo, 12 de maio de 2019

Bike Patrulha prende homem por tráfico ao surpreendê-lo brigando com outro

Faziam patrulhamento de bicicleta pela rua Wandenkolk, próximo ao cruzamento com a rua Santo Antônio Maria Claret


Um desempregado de 36 anos foi preso na tarde de sábado (11), em Araçatuba (SP), por tráfico de drogas, após ser encontrado por guardas municipais brigando com outro no meio da rua.
O flagrante foi feito por integrantes da Bike patrulha da Guarda Municipal, no bairro Paraíso.
Os guardas faziam patrulhamento de bicicleta pela rua Wandenkolk e próximo ao cruzamento com a rua Santo Antônio Maria Claret, foram informados que havia dois homens brigando.Eles viram os homens atracados e, ao se aproximar, desceram das bicicletas para apartá-los. Ao vê-los, o brigões tentaram fugir, mas foram detidos e não souberam informar o motivo da briga.
Os dois foram revistados e com o desempregado foram encontradas 13 porções de cocaína e R$ 12,00 em dinheiro.
A Polícia Militar foi acionada, os dois foram levados ao plantão policial e o desempregado ficou à disposição da Justiça para ser apresentado em audiência de custódia.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Bike patrulha intensifica policiamento


Os policiais aproveitam para orientar sobre cuidados em relação à segurança, principalmente quanto ao uso de celular.

A bike patrulha da PM intensificou o policiamento em várias regiões deTubarão nesta segunda-feira (29), entre 16 e 22 horas. A ação iniciou na região da Unisul e depois a guarnição permaneceu no Calçadão, até o fechamento do comércio.
Após as 18 horas, os policiais seguiram com o patrulhamento pela beira-rio, nas margens direita e esquerda, e no Farol Shopping. No horário de aula na universidade, ficaram nas proximidades da ponte pênsil, onde orientaram estudantes, esportistas e outros pedestres sobre cuidados em relação à segurança, principalmente quanto ao uso de celular. As últimas paradas foram no bloco pedagógico e no Cettal.


sexta-feira, 26 de abril de 2019

10 dicas de segurança para ciclistas

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Cidadania Ciclística

Junto com o direito de pedalar vem algumas responsabilidades. Familiarize-se com as leis locais e regras de circulação para bicicletas. Os motoristas vão ficar muito mais propensos a respeitar os ciclistas e ceder lugar se os próprios ciclistas forem respeitosos e cumprirem a lei. Não fure sinais vermelhos e não trafegue na contramão. Se você não estiver bloqueando o tráfego e suas leis permitem, você pode pedalar ao lado de outro ciclista. Uma pilotagem responsável faz maravilhas, aliviando tensões e promovendo um ambiente mais harmonioso entre ciclistas e motoristas.

No lugar certo

É ilegal e incorreto pedalar sobre calçadas ou na contramão. Como regra, é melhor pilotar na direção do tráfego, mantendo-se sempre a direita. Mas deixe uma margem de segurança caso tenha que efetuar manobras de emergência e para não esbarrar no meio fio. Em alguns casos você não vai conseguir aquele cantinho na direita. Lembre-se de aguardar uma oportunidade segura e use os sinais apropriados para trocar de pista.

Participe

Se você está pedalando na mesma velocidade do tráfego, pode ser mais seguro ficar entre eles do que ao lado deles. Isso pode lhe fazer mais visível aos motoristas. Participar diretamente do tráfego pode ser necessário em casos nos quais a estrada é muito estreita para comportar tanto um carro e uma bicicleta lado a lado. É especialmente interessante tomar uma pista antes de um cruzamento, para tornar a sua presença conhecida, ainda mais para motoristas que vão virar à direita e que não podem vê-lo ao iniciarem a manobra.
Quando você se junta ao tráfego, fique atento para não ultrapassar pela direita. Isso sempre é perigoso, mas é particularmente perigoso em uma interseção. Se você esperar atrás de um carro, vai ver ele dar sinal e saberá para onde ele está indo. Caso contrário, você pode ficar sabendo apenas quando ele virar para cima de você.

Use sua cabeça

Quer você esteja indo até a padaria, quer esteja em uma maratona, sempre use o capacete. Assegure-se de que ele está colocado corretamente. O capacete deve estar confortável e não deve se mexer quando você agita a cabeça.
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Olho no olho

Faça contato visual com os motoristas sempre que possível. Seja amigável, se possível, cumprimente o motorista. Isso assegura que os motoristas veem você e ajuda a conquistar seu lugar na estrada. Essa “conexão pessoal” ajuda os motoristas a lembrar de que você é uma vida e precisa de proteção e atenção. Uma vez que você faz esse contato visual, os motoristas podem ser mais respeitosos com você.

Ande na linha

Tente pilotar de forma consistente e previsível. Por exemplo, em um cruzamento, não vire na faixa de pedestres e reapareça de repente na estrada novamente. Não passe entre carros estacionados. Com esse tipo de comportamento, os motoristas não verão quando você aparecer de repente no tráfego.

Jogue na defesa

Certifique-se de estar sempre atento ao seu arredor. Saiba o que há atrás de você e observe sempre o que está na sua frente. Sempre busque verificar as condições da via, ainda mais contra condições perigosas, como areia, cascalho, vidro, trilhos de trem, carros estacionados, neve e lama podem causar estragos em você e em sua bicicleta. Grades de esgoto e rachaduras na estrada podem travar a roda e fazer com que você seja jogado da bicicleta. Cuidado com carros estacionados, pois pessoas podem abrir a porta sem olhar se há alguém vindo. Sempre espere para ter amplo templo antes de fazer uma curva ou trocar de pista. Não espere que lhe concederão o direito de passagem em nenhuma instância.

Ostente

Marque bem sua presença. Use roupas coloridas e chamativas. A noite com tempo fechado, é importante usar faixas refletivas na frente, nos lados e atrás para torna-lo visível de todas as direções.
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Mãos ajudadoras

Emergências acontecem. Esteja preparado. Sempre mantenha ao menos uma mão no guidão. Saber e usar os sinais de mão sempre que for virar num cruzamento ou trocar de pista.

Freios

Certifique-se de que seus freios estejam sempre em condição top de linha. Fique atento a como o tempo e as condições da estrada podem alterar sua capacidade de frenagem

Região agora tem policiamento com bicicletas

Região agora tem policiamento com bicicletas
Nesta segunda-feira, 15 de Abril 2019 a 2º Cia do 48BPM/I passou a contar com o policiamento com bicicletas.
Os profissionais vão atuar no policiamento ostensivo nos municípios de Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa e Sumaré.
O objetivo é aumentar a capacidade preventiva e a possibilidade de repressão imediata, quando necessária, principalmente nos logradouros de elevada concentração de pessoas, e permitindo o atendimento mais rápido e próximo à população, estreitando o relacionamento e o grau de acessibilidade do cidadão aos serviços prestados pela Polícia Militar.


segunda-feira, 22 de abril de 2019

Noções de primeiros socorros para ciclistas

Noções de primeiros socorros para ciclistas

Mesmo os ciclista mais experientes não estão livres de pequenos imprevistos durante o pedal. Uma queda, uma derrapada fora de hora ou até uma distração rápida podem causar acidentes de bicicleta.
Em um acidente, podemos sofrer apenas um arranhão ou podemos sofrer algo mais grave. Sabemos que em um acidente, a rapidez, o tipo e a qualidade do socorro prestado faz toda a diferença em como esta ocorrência afetará o envolvido. Nosso intuito então é fornecer algumas noções básicas de primeiros socorros, que podem ser utilizadas tanto num acidente em um local ermo, uma trilha, por exemplo, onde o socorro pode ter dificuldades em chegar, quanto na cidade.
A bicicleta é um veículo que depende do condutor para se manter estável, “desafiando a gravidade” o tempo todo, por assim dizer. Assim, o fato é que basta estar pedalando na rua para estar sujeito aos mais diferentes tipos de acidentes, graves ou não, e estes podem ser desde uma queda cinematográfica, divertida e inofensiva, digna de um vídeo no YouTube, até um acidente envolvendo um veículo automotor, ou mesmo uma picada de cobra em alguma trilha.
Tanto na situação mais simples quanto na mais complexa, o importante é sempre manter a calma para fazer o melhor julgamento possível da situação. Em áreas de cidade, por exemplo, o melhor a fazer em caso de acidente é isolar a área, procurar manter a imobilidade do acidentado e chamar por socorro o mais rápido possível.
Os acidentes mais comuns costumam ocorrer nas extremidades, seguidos de lesões na cabeça, face, abdomen ou tórax e pescoço. Mas os mais comuns mesmo são as escoriações, os famosos “ralados“, que podem ser superficiais ou mais profundos – e neste caso podem necessitar até de intervenções cirúrgicas de modo a previnir futuras cicatrizes traumáticas. As distensões, fraturas e luxações também são bastante comuns. Um dos ossos mais vulneráveis para o ciclista é a clavícula, sendo acompanhado de perto pelos braços, juntamente com os dedos das mãos.
Traumatismos cranianos ocorrem em até 50% dos casos de acidentes, sendo responsáveis por 60% dos óbitos. Ou seja, ciclistas que não usam capacete têm 14 vezes mais chances de sofrerem um acidente fatal do que aqueles que utilizam o equipamento de proteção, especialmente se você pratica ciclismo esportivo (mountain bike e derivados, e/ou ciclismo de estrada)
Portanto, em se tratando de acidentes, a melhor atitude ainda é a prevenção. E o ato de prevenir começa antes mesmo de pedalarmos. Em se tratando de ciclismo recreacional, principalmente trilhas ou caminhos pouco frequentados, o ideal é pedalar em no mínimo três ciclistas, pois em caso de acidente, um cuida da vítima e o outro vai em busca de socorro. O ideal também é só pedalar dentro de suas capacidades, respeitando seus limites físicos e técnicos.
Ainda antes de sair para pedalar, o ideal é que o ciclista informe a sua família seu intinerário, seja ele na trilha, estrada ou cidade, bem como seu provável horário de retorno e seus acompanhantes. Outra dica é o ciclista exibir seu tipo sanguíneo no capacete. Se você não souber, aproveite e pratique uma boa ação: basta doar sangue e buscar o exame para saber o tipo. Procure conhecer sempre seu trajeto antecipadamente, principalmente no caso de trilha. O ciclista deve procurar saber o nível técnico do percurso, a duração aproximada do pedal por trecho, o horário do por-do-sol (acredite: já vi vários colegas ficarem “em maus lençóis” por não se prepararem para a ausência de luz), bem como se o local tem sinal de telefonia celular e as possibilidades de socorro nas imediações.
Tenha também sempre a mão os números dos serviços de emergência e socorro. Em todas as cidades brasileiras com mais de 150.000 habitantes, o governo federal oferece o SAMU – O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, que pode ser acionado pelo telefone 192, atendendo a mais de 900 municípios brasileiros.
E de acordo com o artigo 135 do Código Penal Brasileiro, todos somos obrigados a prestar socorro às vítimas de acidentes ou males súbitos, sob pena de processo por omissão de socorro. A pena pode chegar até a um ano de detenção, e será aumentada se a omissão resultar em lesão corporal, chegando a triplicar em caso de morte. Ficam fora desta lei menores de 16 anos, gestantes a partir do terceiro mês de gravidez, e maiores de 65 anos.
Na maioria das vezes, socorrer implica em somente proteger e sinalizar o local do acidente e chamar ajuda especializada. Os ciclistas podem se beneficiar desta lei, pois, por exemplo, nós podemos acionar os serviços de emergência de uma rodovia, mesmo que o acidente tenha ocorrido fora dos domínios da estrada, se estivermos próximos da mesma.
A principal causa de morte pré-hospitalar é a falta de atendimento, e a segunda é o socorro inadequado. Os primeiros socorros são as providências que tomamos ainda no local do acidente, até a chegada do socorro especializado. O atendimento adequado é mais importante que a rapidez do atendimento, pois este, se não for executado a contento, pode gerar males piores e até sequelas posteriores. O ideal é que o acidentado esteja em um centro cirúrgico em no máximo 60 minutos após o acidente. E este período é chamado de “golden hour” (hora de ouro).

Na ocorrência de um acidente, basicamente, devemos

1- Manter a calma e não fazer nada por instinto, pensando antes de executar. Devemos ainda confortar a vítima, sem mexer nela. Deve-se trabalhar com a máxima de que “toda a vítima de acidente possui lesão cervical até se provar o contrário”.
2- Sinalize e garanta a segurança do local do acidente para evitar outros acidentes.
3- A seguir, procure socorro, nunca abandonando o acidentado. Use o celular, pare algum veículo ou procure um telefone público.
4- Se estiver em grupo, controle a situação e distribua as tarefas para as outras pessoas: um sinaliza o local, outro conforta a vítima, outro procura ajuda.
5- Observe as reações do acidentado. Se ele se levantar sozinho e espontaneamente, isto é bom sinal.

Passo-a-passo para os primeiros socorros

1- Verificar se a vitima está consciente ou não
2- Sinalizar e isolar o local do acidente
3- Checar os sinais vitais, tais como a respiração (use o dorso da mão para sentir), e pulso (encoste a mão no pescoço procurando sentir a pulsação)
4- Perguntar a vítima: onde dói, nome, onde reside, idade e telefone. Estas informações são importantíssimas, pois o estado de uma vítima é inversamente proporcional ao número de informações obtidas.
5- Observar atentamente as reações da vítima, procurando mantê-la longe do sol e do frio.
* Existem algumas ocasiões onde o acidentado deve ser removido imediatamente. Confira:
1- Quando não houver mais nada a fazer no local
2- Quando a remoção for essencial para a vida da vítima
3- Quando o local oferecer risco iminente para a vítima, p.ex; a vítima estar sob uma árvore prestes a cair.

O que fazer até a chegada do socorro

Hemorragias:
Nesta urgência tudo depende do tamanho do corte. Em cortes pequenos com sangramento, podemos até improvisar pontos falsos com esparadrapo. Já para estancar uma hemorragia, o método mais eficaz é fazer compressão direta sobre a área, até com a própria roupa da vítima. Outro método é elevar o membro atingido, usando a gravidade a favor. Se não funcionar, a solução é improvisar um garrote ou torniquete, com um pedaço de tecido ou com uma fita de borracha (que pode ser uma câmara sobressalente, por exemplo), tomando o cuidado de liberar o fluxo sanguíneo por um minuto a cada quinze minutos.
Fraturas:
As fraturas mais comuns entre os ciclistas são as clavículas, braços e dedos das mãos. Jamais tente reduzir, isto é, alinhar um membro fraturado. O ideal é que o membro seja imobilizado, obedecendo os desvios causados pela fratura. Você pode improvisar uma tala com pedaços de madeira envoltos em tecido. E a vítima deve evitar movimentos.
Lesões na cabeça:
O ponto mais vulnerável do crânio são as têmporas, região localizada na lateral da cabeça, entre a orelha e os olhos. Traumas fortes na cabeça resultantes de quedas podem deixar a vítima inconsciente por alguns minutos ou até mesmo por várias horas e dias. Se bater a cabeça, mas estiver consciente, procure o quanto antes um hospital, principalmente se após o acidente o ciclista apresentar perda da consciência, confusão mental ou perda da memória, dor de cabeça, visão embaralhada, perda da audição e vômitos. Qualquer batida na cabeça não deve ser negligenciada. E nunca deixe a vítima dormir logo após um trauma na cabeça. Converse com ela procurando mantê-la consciente, até a chegada do socorro.
Desmaios:
Ao contrário da crença popular, os desmaios na verdade são positivos e significam perda de consciência do corpo como forma de defesa. Este estado pode durar de alguns segundos até uma hora inteira! E os motivos podem ser os mais variados, tais como: hipoglicemia (baixa quantidade de açucar no sangue), insolação (mais comum), cansaço e dores extremas (no caso de acidentes), estresse emocional, intoxicação ou qualquer situação onde ocorra uma rápida perda de sangue. A vítima deve ser deitada com a cabeça mais baixa do que o coração e os membros inferiores devem ser elevados em mais ou menos 30cm. Gire a cabeça da vítima para o lado, para que sua lingua não interrompa a passagem do ar na garganta. Afrouxe as roupas, umedeça a face e o pescoço da vítima com uma toalha e jamais dê líquidos para alguém inconsciente.
Dentes:
Em traumas frontais, é muito comum termos dentes lesionados, o que pode variar desde a quebra de um pedaço até a perda completa do elemento (avulsão). O importante é, sempre que possível, procurar o fragmento ou o dente inteiro, limpando-o e acondicionando-o em soro fisiológico, leite, ou até na própria saliva. No caso de avulsão, pode ser feito um reimplante, sendo que o sucesso deste será proporcional ao tempo em que o dente esteve fora da cavidade original. Se o dente afetado amolecer, porém não sair completamente de seu sítio de origem, mantenha-o no local com a lingua, desde que a vítima esteja consciente. Se não, às vezes é preferível retirá-lo para evitar a deglutição do mesmo, podendo com isto termos até um sufocamento. Com as técnicas atuais de reabilitação oral, a perda de um dente é facilmente suplantada. Os fragmentos também podem ser “colados” ao dente atingido posteriormente. Assim que possível, procure um cirurgião dentista para avaliar e conter o dano.
Olhos:
Os ferimentos mais comuns nos olhos são normalmente causados pela vegetação, por insetos e por pedras que são lançadas pelo ciclista que vai a frente. Não há muito que fazer no meio do mato, a não ser lavar os olhos com água limpa. Assim que possível, procure um oftamologista, para avaliar e conter o dano.
Kit de Primeiros Socorros
Ter a mão um kit de primeiros socorros pode fazer toda a diferença nos primeiros socorros. Veja, é importante observar que este kit se presta somente ao primeiro atendimento, até um socorro mais eficaz e completo poder ser prestado. Assim, seu telefone celular na maioria das vezes pode ser mais valioso que o kit. Você pode comprar um kit pronto na maioria das farmácias, que pode muito bem atender esta demanda.
Só para informação, um kit básico deve conter:
- luvas descartáveis
- soro fisiológico
- água oxigenada
- água boricada (para lavagem ocular)
- éter e álcool (para limpeza)
- gaze e algodão
- rolo de esparadrapo
- fita do tipo microporo
- alfinetes de segurança, tesoura e pinça cirúrgica
- termômetro
- curativos do tipo “band-aid”
- loção de calamina (tipo “Caladryl”)
- comprimidos de analgésico, antitérmicos, contra indigestão, enjôos, cólicas e dores de barriga
Mais do que tudo, o fundamental é sempre pedalar equipado com capacete, luvas e óculos. O capacete reduz em até 85% as lesões da cabeça e em aproximadamente 65% os traumas no rosto e no nariz, desde que utilizado corretamente.  As luvas reduzem bastante as lesões superficiais das mãos, pois quando caímos normalmente elas são nosso primeiro ponto de apoio. Elas também ajudam a prevenir a compressão dos nervos. O uso de óculos protege contra eventuais pedras lançadas pela bike que vai a frente, vegetação e raios solares nocivos.

Telefones de Emergência

Bombeiros: 193
SAMU: 192
Polícia Militar: 190

Bikes compartilhadas e trânsito ajudam mercado das bicicletas a pedalar ladeira acima


Bikes compartilhadas e trânsito ajudam mercado das bicicletas a pedalar ladeira acima

Na segunda-feira (15) foi o Dia Muncial do Ciclista. E no dia 19 se celebrou o Dia Mundial da Bicicleta. E Curitiba tem motivos para comemorar a data. É que o mercado e a cultura da magrela pedalam ladeira acima em Curitiba. E tudo isso com a ajuda de um personagem improvável: as bicicletas compartilhadas, disponíveis pela cidade desde o final de janeiro, quando a startup Yellow passou a atuar na cidade.
Douglas Eorts, vendedor da Portella Bikes, conta que quando a novidade foi anunciada, os humores e a expectativa dos comerciantes do ramo não eram dos melhores. No final, porém, acabaram tendo uma grata surpresa. “(As bikes compartilhadas) Ajudam. A pessoa pega e usa, vê que é interessante e acaba comprando uma para ela. Achamos que iria atrapalhar, mas acabou sendo o contrário.”
A opinião é compartilhada ainda por Valdir Manger, vendedor interno da Agência Bicicleta, e por Fernando Rosembaum, proprietário da Bicicletaria Cultural e coordenador da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu).
“Vemos muitas pessoas que estavam paradas, não andavam de bike, pegam essas compartilhadas, gostam, curtem e vêm para loja”, diz Manger, relatando já ter realizado pelo menos duas vendas graças às bikes de aplicativo. “Temos visto um aumento de pessoas experimentando a bicicleta por causa dessas bikes compartilhadas. Elas experimentam, gostam e acabam aquecendo o mercado, porque depois compram as bikes delas”, complementa Rosembaum.
A novidade, então, acabou sendo um incremento a mais para um setor que já vinha em crescimento nos últimos anos. A Bicicletaria Cultural, por exemplo, funciona também como estacionamento de bikes, cobrando valores de R$ 2 (a hora), R$ 8 (por dia) ou R$ 70 (por mês). “Esse estacionamento tem uma média de 30 ciclistas por dia estacionando aqui no Centro. As pessoas costumam vir, tomar banho e seguir pro trabalho”, conta Rosembaum.
Já Eorts comenta que o mercado voltou a crescer em 2018 na comparação com 2017. Mas mais do que o mercado em si, o que está em alta é a paixão pelas pedaladas. “Tem crescido bastante, até pela questão da mobilidade. Pessoal deixa o carro em casa um pouco e vem comprar a bike para ir pro trabalho.”
A opinião que destoa é a de Manger. Segundo ele, as vendas tiveram queda na Agência no ano passado e este ano começou com nova baixa. “O desemprego e a concorrência aumentaram. Além disso, as pessoas estão investindo em outras coisas. Antigamente o pai chegava com a criança e dava uma bicicleta de presente. Hoje, dá um celular”.

Cultura das bicicletas está no sangue dos curitibanos

Curitiba, inclusive, é referência nacional em se tratando de ciclismo. No final do século XIX, por exemplo, foi a capital paranaense que teria recebido a primeira bicicleta da historia brasileira, trazida por imigrantes alemães. Em 1895 a cidade já contava com um clube de ciclistas e a Casa Paulo Hauer importava as magrelas Dürkop e as revendiam para outros estados. O primeiro automóvel, por sua vez, só foi aparecer na cidade em 1903.
“Os empreendedores locais importavam bikes, montavam em Curitiba e vendiam para Curitiba e outras cidades. Logo Curitiba ganhou um aporte de patrocínios, começaram a realizar corridas e a cidade se tornou um celereiro de esportistas na década de 1960”, conta Fernando Rosembaum, da Bicicletaria Cultural.