quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Uma experiência usada pela Polícia da Califórnia que usa bicicletas-isca com GPS para prender ladrões

Cena comum em San Francisco: Uma bicicleta teve sua roda traseira, canote e selim roubados - Foto: Jason Henry / The New York Times
Cena comum em San Francisco: Uma bicicleta teve sua roda traseira, canote e selim roubados – Foto: Jason Henry / The New York Times
Assim como em outras grandes cidades do mundo, o roubo de bicicletas é um sério problema na cidade de San Francisco, no estado norte-americano da Califórnia. Para tentar resolver o problema, a polícia da cidade está fazendo uso da tecnologia do GPS e das redes sociais para não apenas diminuir o índice de roubos, como também para recuperar os bens roubados.
O policial Matt Friedman, especializado neste tipo de crime, utiliza diariamente o Twitter para publicar as fotos de bicicletas roubadas e suspeitos de roubos. Além disso, conta com dispositivos rastreadores, que usa para localizar a propriedade roubada.
Nos dois casos, a sua armadilha são bicicletas roubadas – inclusive as “bicicletas-iscas” que recentemente foram espalhadas pela cidade para atraírem possíveis ladrões. Equipadas com tecnologia GPS, as bicicletas, cuja função é literalmente serem roubadas, são rastreadas em tempo real, possibilitando assim a localização e a detenção dos ladrões. Depois, as fotos dos bandidos são publicadas no perfil do Twitter @SFPDBikeTheft. As bicicletas-iscas são modelos caros, a fim de garantir que as pessoas que as levem sejam acusadas de um crime grave.
O policial Friedman utiliza o Twitter para publicar fotos de bicicletas roubadas e seus respectivos ladrões - Foto: Jason Henry / The New York Times
O policial Friedman utiliza o Twitter para publicar fotos de bicicletas roubadas e seus respectivos ladrões – Foto: Jason Henry / The New York Times
Um bom exemplo da eficiência do novo método aconteceu quando um ladrão levou uma bicicleta de 1.500 dólares do lado de fora de uma estação ferroviária. Em apenas 30 minutos, após rastrearem a bicicleta, Friedman e sua equipe a encontraram com o ladrão em um parque.
“Deviam ver a cara dele – ele pensou que estava a salvo”, disse Friedman, de 41 anos, portando um iPhone 5, que utilizou para fotografar o cadeado da bicicleta cortado. Ele depois publicou uma imagem no Twitter com a mensagem: Obrigado por levar mossa bicicleta-isca.
Nos últimos anos, o furto de bicicletas em San Francisco subiu vertiginosamente – até 70 por cento – de 2006 a 2012, ano em que mais de 4.000 bicicletas foram roubadas, de acordo com as últimas estimativas.
Alerta de bike roubada na mesa do policial Matt Friedman, responsável pelo departamento de repressão ao roubo de bicicletas de San Francisco - Foto: Jason Henry / The New York Times
Alerta de bike roubada na mesa do policial Matt Friedman, responsável pelo departamento de repressão ao roubo de bicicletas de San Francisco – Foto: Jason Henry / The New York Times
O surto de roubos se deve ao aumento do número de ciclistas e de seus sofisticados veículos de duas rodas. Essas não são as bicicletas comuns da sua infância, e sim maravilhas tecnológicas de 1.500 dólares ou mais (podendo chegar a 10.000 dólares), celebradas pelo cultura tecnológica – e dedicada à ecologia – como a fusão de um iPad com um veículo da Tesla Motors.
Bicicletas podem ser furtadas muito facilmente – de áreas externas ou de dentro de garagens – depois revendidas inteiras ou em peças. Segundo a polícia, os culpados quase sempre são viciados em drogas precisando de uma solução rápida.
No verão passado, o Conselho Supervisor de São Francisco aprovou 75.000 dólares para apoiar as campanhas locais contra esse tipo de roubo – incluindo verbas para bicicletas-iscas e para equipamentos de rastreamento – e a campanha ganhou força total este ano

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