quarta-feira, 12 de novembro de 2014

PM suspende patrulhamento com bicicleta em Barão Geraldo

Policiais foram remanejados para outras áreas, mas projeto será retomado após treinamento


Foto: Leandro Ferreira/ AAN
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Distrito de Barão Geraldo está sem patrulhamento com bicicleta



























O programa de policiamento ostensivo com bicicleta em Barão Geraldo está temporariamente suspenso, após funcionar durante um ano no distrito. A suspensão foi há cerca de dois meses. A proposta começou em 2013, implantadas pela 3ª Companhia do 8º Batalhão da Polícia Militar do Interior (8º BPM-I) como uma alternativa para facilitar a perseguição a suspeitos e promover o policiamento comunitário.
 
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, o projeto está suspenso devido "a movimentação de alguns policiais pertencentes a equipe que compunha a modalidade de policiamento de policiamento de bicicletas, devido a subdivisão de áreas ocorridas neste ano". Com isso, foi necessário treinamento de novos policiais e outro ajustes. A PM informa que isso leva um certo tempo e que está "trabalhando para que seja esta modalidade de policiamento seja retomada o mais breve possível". Na ocasião da implantação, se cogitou ampliar o projeto para outras regiões, e um teste foi realizado no Jardim Aurélia.
 
Como funcionava
 
Durante o andamento do projeto, seis policiais utilizaram as bicicletas, trabalhando oito horas por dia, das quais duas serão destinadas ao aquecimento dos guardas e manutenção das bicicletas e seis no patrulhamento efetivo. Os policiais eram deslocados, com suas bicicletas, em viaturas, de acordo com a necessidade. Eles utilizavam tênis, bermuda, colete a prova de balas, luvas para ciclista, capacete, óculos escuros e arma no cinto. 

As bicicletas foram adquiridas por meio de licitação e custaram cerca de R$ 15 mil, já que contam com equipamentos profissionais e sirene. Por dia, cada policial percorre de 20 a 30 quilômetros. A ação chegou a ser implantada no Taquaral, na década de 1990, mas foi extinta.
 
Repercussão

Para o professor Roberto Accorsi, de 42 anos, o policiamento de bicicleta era algo positivo em Barão Geraldo. Ele teve a própria bicicleta roubada no distrito há um mês e diz que pouco foi feito para encontrá-la. "Era bom porque passava a sensação de ter sempre alguém por perto, porque com a bicicleta o movimento é mais ágil. Durante a Copa do Mundo, em junho, tinha um monte" , disse ele. 

A bióloga Maria Inês Abécia, de 41 anos, diz que já foi assaltada nas ruas de Barão Geraldo e achava o programa da ronda de bicicleta uma boa solução para o problema de violência no distrito. Ela lamentou a suspensão temporária do projeto. "As bicicletas eram sempre vistas, o que traz calma. Fico preocupada com a notícia. Era uma boa alternativa de segurança que tínhamos. Agora resta gastar dinheiro com segurança privada", disse.

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