quarta-feira, 10 de junho de 2015

Bike Patrulha, de Jaraguá do Sul, continua inativa por falta de efetivos

Bicicletas estão paradas no 14º Batalhão da Polícia Militar desde 2012

Bike Patrulha, de Jaraguá do Sul, continua inativa por falta de efetivos Maykon Lammerhirt/Agencia RBS
Sargento Jerry Adriano Miranda Tonioti, fez parte da Bike Patrulha do 14º BMP de Jaraguá do Sul por quatro anos Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
Bianca Villanova

Guardadas em uma sala do 14º Batalhão da Polícia Militar de Jaraguá do Sul, cinco bicicletas aguardam o dia em que poderão voltar às ruas. Os equipamentos, comprados em 2004, fizeram parte da vida do Centro da cidade por cinco anos, até a desativação temporária da modalidade, em 2009. Em 2012, houve alguns meses de retomada da Bike Patrulha, porém o serviço voltou a ser desativado. Agora, as magrelas são guardadas para quando houver mais efetivos.
Segundo o tenente-coronel Rogério Vonk, o 14º Batalhão comprou 16 bicicletas com recursos de um convênio com o fundo de trânsito da cidade, que tem verbas de multas. Na época, Joinville usava as bicicletas para policiamento e a ideia foi aplicada em Jaraguá. Policiais da unidade fizeram um treinamento com aprendizados que incluíam a abordagem policial e leis para ciclistas.
– Na época, havia um efetivo maior, então pensou-se em diversificar as modalidades. Elas foram usadas por anos, mas quando houve queda de efetivo, tivemos que optar.
Hoje, os 154 policiais do batalhão dividem-se entre os serviços administrativos da corporação e as quatro modalidades atuais de policiamento: o radiopatrulhamento (viatura), o canil, o Posto de Comando de Trânsito (PCTran) e o Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT). Eventualmente, o policiamento ostensivo a pé é utilizado, especialmente em dias de evento no Centro da cidade.
Das 16 bicicletas compradas em 2004, apenas cinco estão em condições de uso. As demais ainda estão guardadas, porém necessitam de manutenção para voltar à operação. No batalhão, seis policiais têm a habilitação para o uso das bicicletas no policiamento. O sargento Jerry Adriano Miranda Tonioti é um deles. Por quatro anos, o policial circulou pelas ruas centrais de bike. Eram de 45 a 50 quilômetros por dia, percorrendo ruas e ciclovias. Sempre em duplas, ocorrências e acidentes eram atendidos. Ciclista e adepto de atividades físicas, ele viu na modalidade uma oportunidade diferenciada de trabalho.
– Foi muito bom e a população gostava bastante. É rápido e eficaz – analisa ele.
O tenente-coronel Vonk acrescenta que as bicicletas têm acessos a locais em que viaturas não entram e que permitem uma praticidade nem sempre alcançada por outras modalidades.
– Atualmente, porém, para designar policiais para as bicicletas, tenho que tirá-los de outros postos de trabalho – ressalta o comandante.
Reforço para a segurança
Para o diretor e conselheiro da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Neivor José Bussolaro, a volta das bikes é bem-vista. Modalidade que chama atenção e traz até proximidade junto à população (especialmente os mais jovens), o uso das bicicletas pela PM ainda traria o benefício do exemplo de um meio de transporte sustentável. Para ele, porém, o importante é que a polícia esteja presente.
– A presença do policial gera a sensação de segurança para os lojistas e para a população e intimida os mal-intencionados. No caso das bicicletas, só vejo benefícios, pois são práticas e chegam rápido em pequenos deslocamentos – avalia.

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