Bike Patrulha, de Jaraguá do Sul, continua inativa por falta de efetivos
Bicicletas estão paradas no 14º Batalhão da Polícia Militar desde 2012
Sargento Jerry Adriano Miranda Tonioti, fez parte da Bike Patrulha do 14º BMP de Jaraguá do Sul por quatro anos
Foto:
Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
Bianca Villanova
Guardadas em uma sala do 14º Batalhão da Polícia Militar de Jaraguá
do Sul, cinco bicicletas aguardam o dia em que poderão voltar às ruas.
Os equipamentos, comprados em 2004, fizeram parte da vida do Centro da
cidade por cinco anos, até a desativação temporária da modalidade, em
2009. Em 2012, houve alguns meses de retomada da Bike Patrulha, porém o
serviço voltou a ser desativado. Agora, as magrelas são guardadas para
quando houver mais efetivos.
Segundo
o tenente-coronel Rogério Vonk, o 14º Batalhão comprou 16 bicicletas
com recursos de um convênio com o fundo de trânsito da cidade, que tem
verbas de multas. Na época, Joinville usava as bicicletas para
policiamento e a ideia foi aplicada em Jaraguá. Policiais da unidade
fizeram um treinamento com aprendizados que incluíam a abordagem
policial e leis para ciclistas.
– Na época, havia um efetivo maior, então pensou-se em diversificar
as modalidades. Elas foram usadas por anos, mas quando houve queda de
efetivo, tivemos que optar.
Hoje, os 154 policiais do batalhão dividem-se entre os serviços
administrativos da corporação e as quatro modalidades atuais de
policiamento: o radiopatrulhamento (viatura), o canil, o Posto de
Comando de Trânsito (PCTran) e o Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT).
Eventualmente, o policiamento ostensivo a pé é utilizado, especialmente
em dias de evento no Centro da cidade.
Das 16 bicicletas compradas em 2004, apenas cinco estão em condições
de uso. As demais ainda estão guardadas, porém necessitam de manutenção
para voltar à operação. No batalhão, seis policiais têm a habilitação
para o uso das bicicletas no policiamento. O sargento Jerry Adriano
Miranda Tonioti é um deles. Por quatro anos, o policial circulou pelas
ruas centrais de bike. Eram de 45 a 50 quilômetros por dia, percorrendo
ruas e ciclovias. Sempre em duplas, ocorrências e acidentes eram
atendidos. Ciclista e adepto de atividades físicas, ele viu na
modalidade uma oportunidade diferenciada de trabalho.
– Foi muito bom e a população gostava bastante. É rápido e eficaz – analisa ele.
O tenente-coronel Vonk acrescenta que as bicicletas têm acessos a
locais em que viaturas não entram e que permitem uma praticidade nem
sempre alcançada por outras modalidades.
– Atualmente, porém, para designar policiais para as bicicletas,
tenho que tirá-los de outros postos de trabalho – ressalta o comandante.
Reforço para a segurança
Para o diretor e conselheiro da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL),
Neivor José Bussolaro, a volta das bikes é bem-vista. Modalidade que
chama atenção e traz até proximidade junto à população (especialmente os
mais jovens), o uso das bicicletas pela PM ainda traria o benefício do
exemplo de um meio de transporte sustentável. Para ele, porém, o
importante é que a polícia esteja presente.
– A presença do policial gera a sensação de segurança para os
lojistas e para a população e intimida os mal-intencionados. No caso das
bicicletas, só vejo benefícios, pois são práticas e chegam rápido em
pequenos deslocamentos – avalia.
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