segunda-feira, 8 de junho de 2015

GMs reclamam da falta de manutenção de bicicletas para ronda

Segundo as denúncias, os serviços básicos de manutenção, como troca de pneus e câmaras, estão sendo bancados pelos próprios guardas ou com auxílio de bicicletarias
O efetivo conta com 20 guardas e não recebe reforço há três anos

O efetivo conta com 20 guardas e não recebe reforço há três anos
Criada para ser um instrumento para auxiliar no patrulhamento das principais áreas da cidade de forma ágil e moderna pela Guarda Municipal de Campinas, a Ronda Bike está sucateada, segundo guardas municipais ouvidos pela reportagem sob condição de anonimato. Eles afirmam que as bicicletas são antigas e estão defasadas.

Serviços básicos de manutenção, como troca de pneus e câmaras, seriam bancados pelos próprios guardas ou com auxílio de bicicletarias.

Além disso, o efetivo que realizava patrulhamento no Cambuí, Centro, Sousas e Joaquim Egídio foi transferido para a Lagoa do Taquaral e o aumento da criminalidade já seria sentido nessas regiões. O efetivo conta com 20 guardas e não recebe reforço há três anos.
“Países de primeiro mundo investem nesse tipo de patrulhamento e aqui não há investimento. Minha bike foi comprada em 2009, e só o que gastam com pneu para a viatura daria para comprar outra. A gente tem que se virar, o guarda põe do bolso para comprar pneu, cabo, tira R$ 10,00 para comprar uma câmara de ar”, relatou um guarda municipal. “Estamos jogados ao léu e continuamos porque gostamos do que fazemos”, completou.
De acordo com o GM, o efetivo de bicicleta foi transferido para a Lagoa do Taquaral e deixou descoberto as áreas em que atuava. “Já estão surgindo problemas no Cambuí e o número de roubos triplicou”, acrescentou.
Nos finais de semana, equipes do Ronda Bike eram deslocados para os distritos de Joaquim Egídio e Sousas, que recebem grande quantidade de visitantes. No entanto, o patrulhamento de bicicleta nesses locais foi reduzido.

“O pessoal do Ronda Bike começou a ir para Joaquim Egídio nos finais de semana há uns dois anos. O comando viu que não tinha estatística e tirou a ronda de lá há uns dois meses. Agora são só dois fixos e mais alguém que quiser fazer hora extra”, afirmou um guarda municipal.
O secretário de Segurança Pública, Luiz Augusto Baggio, nega as acusações de falta de manutenção e da redução dos guardas em Sousas e Joaquim Egídio. Ele atribui as queixas ao descontentamento de alguns agentes pelo fim do patrulhamento de bicicleta no Centro e Cambuí.

“Isso não é verdade. Compramos equipamentos e se estão trocando por conta é porque não foi feito o pedido. Pretendemos trocar as bicicletas no ano que vem. É uma guerrilha interna. Como foram removidos, houve esse desconforto”, disse.

Segundo o secretário, as equipes que realizavam o Ronda Bike no Centro e Cambuí foram transferidos para a Lagoa do Taquaral porque 80 guardas foram formados recentemente e reforçaram o patrulhamento a pé na área central. “O problema é o excesso de gente no mesmo local. Os 80 novos guardas estão nesses locais e não fazia sentido manter as bicicletas”, justificou.

Reforço

Nos últimos meses, a onda de assaltos voltou a Joaquim Egídio, coincidindo com a redução da patrulha de bicicleta alegada pelos guardas municipais. Há cerca de 15 dias, seis ciclistas foram assaltados na trilha da Bocaina. Na semana passada, um homem foi encontrado morto por espancamento e garrafadas no início da mesma trilha, perto do posto desativado. O secretário prometeu reforçar a segurança no distrito com a presença do patrulhamento de motocicleta.

“Já fazemos patrulhamento lá e vamos reforçar com as motocicletas. Esses assaltos foram dentro da trilha fechada e não tem como fazer patrulhamento, tem que estar antes, do lado de fora. A Bocaina é muito complicada”, disse.

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